Confirmado no OEF, Flesh Grinder abre agenda para tour em 2020 e propõe novo lançamento

Banda planeja preencher datas para tocar em cidades do Brasil e lançar material de inéditas

Gigantes do goregrind nacional, os catarinenses do Flesh Grinder abrem espaço para marcar apresentações ao vivo por cidades brasileiras a partir de março do ano que vem. Eles estão confirmados no Obscene Extreme, em julho, na República Tcheca, mas ainda não decidiram se vão ampliar a agenda pela Europa no período do festival.

- Só nacional mesmo. Queremos fechar shows no período de março até o começo de julho. A Europa ainda estamos vendo nossas possibilidades. Ainda não decidimos o tempo que vamos ficar por lá, só sabemos que não tem como ficar mais de 30 dias - diz ao RUÍDOZZ Fabio Gorresen, guitarrista da banda.

Flesh Grinder : Daniel Henriques, Fritz Purgy, Fabio Gorresen e Rogério Murara (Foto: Divulgação) 
O último álbum do Flesh Grinder foi o Nomina Anatomica, lançado há três anos. De lá pra cá a banda lançou um split com Expurgo, em 2017, e agora trabalha para gravar um apanhado de sons em fevereiro e lançar até junho de 2020. Fabio Gorresen não confirma se o material deve ser um álbum ou EP, mas destaca que vive a melhor fase em 26 anos.

- Tivemos muitos momentos com a banda. Hoje estamos mais entrosados e conseguimos nos planejar melhor e fazer as coisas acontecerem. Acho que por isso acaba sendo nosso melhor momento.

O Flesh Grinder também anunciou entrada no Instagram. Por lá, Fabio Gorresen afirma que vai ter sorteios e ampliar a interação com os fãs.

-  O Curby (produtor do Obscene Extreme Festival) tinha pedido nosso insta e aí nos demos conta que não tínhamos um. É uma plataforma nova para a gente ainda, mas estamos vendo que é mais fácil interagir com o pessoal. Pretendemos usar mais até para fortalecer essa interação. Queremos fazer uns sorteios e tentar nos comunicar mais pelas redes sociais oficiais - complementa.

Instagram: https://www.instagram.com/flesh_grinder
Bandcamp: https://blackholeprods.bandcamp.com/album/nomina-anatomica






Obscene Extreme Festival anuncia terceira banda brasileira para edição 2020


Nome foi conhecido na tarde desta quinta-feira, 24, pelo perfil do evento nas redes sociais

O Obscene Extreme Festival anunciou um clássico da cena hardcore do ABC Paulista no line up de 2020. Trata-se do Ação Direta, banda fundada em 1987 e com mais de três décadas de estrada.

Neste mês o Ação Direta lançou seu novo disco, "Na Cruz da Exclusão", feito em parceria da Monstro Discos com a Xaninho Discos.

Ação Direta 2019 (Foto: Divulgação)
Com eles, este é o terceiro nome que vai representar o terceiro mundo tupiniquim nos palcos insanos do maior festival de música extrema do mundo, em Trutnov, na República Tcheca, entre os dias 15 e 19 de julho.

Os catarinenses do Flesh Grinder, levando toda sua putrescência do goregrind, e o grindcore inquieto do Baixo Calão são as outras duas bandas anunciadas anteriormente.

Na próxima edição do Obscene Extreme também já estão confirmadas as famosas Benediction, Avulsed, Malevolent Creation, Onslaught e Tankard.








Max Kolesne, do Krisiun, declara apoio aos manifestantes no Chile: 'São verdadeiros guerreiros'


Baterista publicou manifesto contra as lideranças políticas chilenas e fez paralelo com Brasil
 
Max Kolesne, do Krisiun (Foto: Reprodução da internet)
Max Kolesne, do Krisiun, usou as redes sociais para declarar sua posição favorável às manifestações populares que tomam conta do Chile. Em publicação no Facebook, nesta quarta-feira, 23, o músico reiterou seus valores contra o abuso de poder e fez um paralelo com a situação política brasileira marcada pela ascensão da extrema-direita.

- Meu apoio aos meus irmãos chilenos, vocês são verdadeiros guerreiros - inicia o texto.

- Infelizmente, aqui no Brasil, também vivemos à sombra de políticos corruptos, gananciosos, ignorantes, racistas e fascistas. São criminosos, mentirosos, assassinos, sanguessugas que vivem abusando e explorando o ser humano, os trabalhadores, os pobres, as famílias, os idosos, os aposentados - continua Max Kolesne.

A crise política no Chile começou quando o governo do presidente Sebastián Piñera decidiu aumentar o preço da passagem de metrô em 30 pesos, atingindo 830 pesos, cerca de R$ 4,73 na cotação atual.

Estudantes começaram a pular catracas para entrar nas plataformas de metrô, causando instabilidade. A violência tomou conta das ruas a partir de sexta-feira, 18 de outubro, nas ruas de Santiago, capital chilena, com incêndios em vários pontos, saques a lojas e ataques a estabelecimentos públicos. De acordo com informações do governo do Chile, o número de mortos chega a 18, incluindo uma criança de quatro anos.

Leia a íntegra do texto publicado por Max Kolesne:

"Meu apoio para meus irmãos do Chile, vocês são os verdadeiros guerreiros.

Infelizmente, aqui no Brasil também vivemos sob a sombra da corrupção, ganancia, ignorância, racismo, políticos fascistas, eles são criminosos, mentirosos, assassinos, sanguessugas que estão abusando e explorando o ser humano, os trabalhadores, os pobres, as famílias, os idosos, os aposentados...

Esses políticos não ligam para justiça social, educação, inclusão, igualdade, direitos iguais, distribuição de renda...

Eles respeitam nada.

Eles querem acabar com os direitos mínimos do povo de educação e a vida com o mínimo de dignidade.

Eles só servem aos ricos e a seus próprios interesses.

E quando as pessoas protestam por seus direitos, essa corja se esconde atrás do seu esquadrão de mortos formados por militares.

Esses políticos são covardes, criminosos do pior tipo.

Eu espero que o melhor aconteça e quero logo nós consigamos remover esses filhos da puta, pedaços de bosta do poder.

Aguante Chile,
Aguante Brasil,
Aguante América do Sul"

Foto: Reprodução da conta oficial do Facebook de Max Kolesne


Obscene Extreme Festival doa renda de vendas de camisas ao Médicos Sem Fronteiras

Festival pratica esta ação desde a edição de 2012  

A organização do Obscene Extreme Festival, maior festival de música extrema do mundo que acontece anualmente em Trutnov, na República Tcheca, anunciou a entrega de 4.835 euros  (cerca de R$ 22,4 mil) ao Médicos Sem Fronteiras. 

De acordo com comunicado do site oficial do evento, publicado apenas nesta semana, a equipe que organiza o festival visitou as instalações do Médicos Sem Fronteiras de Praga, capital do país, no dia 27 de setembro. 

Eles entregaram o montante arrecadado com as vendas das camisas oficiais do Obscene Extreme, cuja estampa tinha o nome do evento baseado no logo do Cannibal Corpse, headliner de 2019, junto a uma arte exclusiva na parte frontal. A banda cedeu isenção de direitos autorais para o desenvolvimento da vestimenta. Os custos da produção das camisas foram arcados pelo OEF, limitando-se em 200 peças.

- A alegria dos médicos foi enorme e estamos contentes por podermos apoiar essa organização todos os anos. Agradecemos o fato de ajudarem pessoas em risco e em situações de crise em mais de 70 países -  diz o comunicado.

Equipe do Obscene Extreme Festival entrega doação em Praga (foto: Divulgação/OEF)

O Obscene Extreme Festival ajuda o Médicos Sem Fronteiras desde 2012. Até agora, segundo informações do próprio evento, já foram doados 34.655 euros, cerca de 160 mil reais. 

No comunicado do OEF, eles estimulam a cena da música extrema a ajudar a causa, seja produzindo camisas, na produção de uma coletânea ou na organização de um evento.

O Médicos sem Fronteiras é uma ONG internacional e sem fins lucrativos que oferece ajuda médica e humanitária a populações em situações de emergência, em casos como conflitos armados, catástrofes, epidemias, fome e exclusão social. Eles atuaram em 74 países em 2018, de acordo com relatório no site oficial. Em 1999 receberam o prêmio Nobel da Paz.

Deputado cria projeto de lei para criminalizar gêneros musicais: 'uma forma de garantir a saúde mental das famílias'

Músicas de metal, punk, hip-hop, funk e outros gêneros, podem ser enquadrados como crime

O deputado federal Charlles Evangelista (PSL-MG) apresentou um projeto de lei para tipificar como crime “qualquer estilo musical que contenha expressões pejorativas ou ofensivas”. Na justificativa, os temas incluídos são o estímulo ao uso e tráfico de drogas e armas, pornografia, pedofilia ou estupro, ofensas à imagem da mulher e o ódio à polícia.

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Na PL 5194/2019 do parlamentar, tanto o compositor quanto os músicos serão incriminados. Ele explica:

“Este projeto de lei se baseia no fato de haver um grande desrespeito a moral pública, causado quando há a reprodução de canções que contenham expressões pejorativas ou ofensivas em ambientes públicos. O mal-estar se deve ao conteúdo explícito das letras, que abordam temas de cunho sexual e, por vezes, fazem apologia a crimes. Desse modo, a criminalização de estilos musicais nesse sentido seria uma forma de garantir a saúde mental das famílias e principalmente de crianças e adolescentes que ainda não tem o discernimento necessário para diferenciar o real do imaginário.”

Casos análogos

Em meados de 2017, o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), propôs mudança no artigo 74 da Lei de número 8.069, que visava proibir a “profanação de símbolos religiosos” em filmes, jogos e shows.

A ação abria precedente para censurar shows de bandas de rock que usam alegorias que poderiam ser vistas como "ofensivas" por religiosos.

Ainda no mesmo ano, o senador Romário Faria (PSB-RJ) convocou alguns artistas famosos de funk para uma audiência pública para avaliar a ideia de criminalizar o estilo musical. Contrário à proposta, ele se definiu como “um carioca nato e um eterno funkeiro”. O autor da ideia da lei foi o empresário Marcelo Alonso, que teve uma página do Facebook contra o funk suspensa pela rede social.

A comissão de Direitos Humanos e a Legislação Participativa do Senado rejeitaram tal proposta.

Com show marcado no Brasil, Nergal, do Behemoth, pede morte aos antifascistas

Fãs desaprovam posicionamento de Nergal; Behemoth toca em São Paulo em dezembro

O frontman do Behemoth, Adam "Nergal" Darsk, se envolveu em nova polêmica nesta semana. Através de seu perfil pessoal do Instagram, o músico postou duas fotos nos stories de uma camisa com as mensagens "Black Metal contra Antifa" e "Mate-os. Não mostrem misericórdia. Foda-se, Antifa" (em tradução livre). 

Nergal postou foto de camisa contra antifascistas (Foto: Reprodução Instagram)
Por conta da repercussão negativa, Nergal tentou se explicar e em outra postagem escreveu: “Algumas pessoas ficaram confusas com este post. Bem, quando eu faço comentários anti-governo, não significa que sou anti-polonês. Isso na verdade significa que eu amo a Polônia, porque eu me importo com ela. Quando eu posto alguém usando uma camiseta ‘anti-Antifa’, isso não faz de mim um apoiador de nazista. Estou preocupado com o estrago que eles causam à cena."

E completa: "Os ideais são ok, mas a execução deles é totalmente incompetente. Aqui vem o grande paradoxo: organização antifascista sendo ela própria fascista; vocês concordam ou...?"

Por meio de nota, ele nega associação ao nazismo (Reprodução)
O guitarrista e vocalista do Behemoth, já havia se envolvido em outras situações controversas. Em 2018 as redes sociais da banda Graveland, publicaram uma foto de Nergal com Rob Darken, líder do grupo e conhecido por conta de aproximação com ideias neonazistas. Na foto em questão, Adam Nergal está vestindo uma camisa da banda Bölzer, da Súíça, cujo líder Okoi "KzR" Jones, também foi acusado de laços com o neonazismo.

Em 2017, um festival no Brasil que teria o Graveland sofreu boicote por parte de grupos antifascistas e a apresentação da banda foi cancelada.

Rob Darken e Nergal. Vocalista do Behemoth usa camisa de banda com aproximação neonazista. (Foto: Reprodução Instagram)
Os poloneses do Behemoth passam pelo Brasil no dia 8 de dezembro, em única apresentação em São Paulo. Com produção da Liberation Tour Booking, o show será na Tropical Butantã e os ingressos já estão à venda com preços que variam de R$150 a R$250.