Lenda macabra maranhense inspira álbum de banda de heavy metal

Facing Fear publica capa de disco sobre fantasma de aristocrata controversa

A banda de heavy metal Facing Fear recorreu a uma antiga lenda maranhense para ilustrar e nomear o debut que será lançado em 2019. Sob o título de Ana Jansen, a capa desenhada pelo atista plástico Eduardo Untura representa o espírito amaldiçoado da latifundiária de mesmo nome que viveu em São Luís, capital do Maranhão, entre os anos de 1793 e 1869.


Mesmo que à primeira vista a arte possa lembrar a do álbum Abigail, lançado em 1987 por King Diamond, a história por trás de Ana Jansen nada se assemelha. Conhecida por promover crueldades com escravos, Jansen, também conhecida como Donana, tinha forte poder político e de influência no Maranhão. Por conta das atrocidades praticadas, após sua morte ela foi condenada a vagar em uma carruagem assombrada por toda a eternidade, partindo nas madrugadas de quintas para sextas-feiras do Cemitério do Gavião.

"O cemitério foi fundado em 1855, aqui estão enterrados vários escritores e poetas, entre eles está Aluisio de Azevedo, Nauro Machado, Sousândrade e outros. Aqui está também Joãosinho Trinta, carnavalesco que liderou algumas escolas de samba do Rio de Janeiro. É daqui que sai a carruagem de Ana Jansen que assombra os moradores de São Luís, conforme a lenda", explicou Vall Maranhão, baterista do Facing Fear, em vídeo publicado nas redes sociais.

O primeiro álbum do Facing Fear ainda não tem data oficial para lançamento, mas a banda, que normalmente lança músicas em português, adiantou que será cantado em inglês, exceto a faixa título, que será apreciada no idioma nativo. Formada em 2016, seu line-up se completa com Terry Painkiller (vocal), Raphael Dantas (guitarras) e Nathalia Souza (baixo)


Pacto Social conta com ajuda do Ratos de Porão para gravar DVD de 30 anos de carreira

Gabriel Alves, Bruno Borges, Wladimir,  Hell e Anderson Paulista (Foto:Divulgação)
Em 2018 se completam 33 anos de lealdade ao punk do Pacto Social, uma das primeiras bandas que ajudou a difundir este gênero subversivo e contestador na cultura carioca nos últimos anos do regime militar brasileiro. Para comemorar este marco cultural, a banda sobe ao palco do Teatro Odisséia, na Lapa, Rio de Janeiro, no dia 31 de maio para gravar seu primeiro DVD. Junto a eles, Ratos de Porão, Dops, Filhos de Inácio, Ácaros Punk e Espermogramix prometem um revival de toda uma era clandestina moldada em prol de uma extrema luta pela igualdade, com toda a dissonância e pogo necessário desta característica musical.

Com Gabriel Alves e Anderson Paulista nas guitarras, Daniel Moreira Hell no baixo, Bruno Borges na bateria e o incansável Wladimir Palmeira levando os vocais, a execução desta documentação nasce de um atraso oriundo por contratempos em torno da falta de verba para desenvolver o material. Após três anos na correria, encontraram nos amigos do Ratos de Porão a possibilidade de tirar o projeto do papel.
Folder oficial de divulgação

"A gravação deste DVD está para vir desde o ano de 2015 quando fizemos 30 anos, mas esbarrou em gente do mal que não só não ajuda como atrapalha. Aí a burguesia, como sempre, fudeu a gente e agora eu posso fazer porque a galera do Ratos (de Porão) sempre foi maneira e sempre ajudou o Pacto (Social) desde que o (João) Gordo tinha seu programa Gordo Pop Show, em 1998. Também tem o Jão, que é um grande amigo, e agora também a Erica Izawa, empresária deles, que também está ajudando muito", destaca Wladimir.

Único remanescente da primeira formação do Pacto Social, Wladimir Palmeira vive o punk na sua essência e não se contém quando precisa criticar o movimento em que está inserido. Ele também está trabalhando, junto com o jornalista Pedro Luna, o desenvolvimento uma biografia que traz polêmicas, mas que ainda não teve o título da obra divulgado. A previsão é de que o lançamento seja em setembro deste ano, juntamente com o DVD. Para Wladimir, manter a responsabilidade de elevar o nome do Pacto Social na história da cultura marginal, ainda esbarra em preconceitos de pessoas dentro da própria cena.

"Em relação à cena punk tenho muito orgulho, apesar de meia dúzia de imbecis que insistem em boicotar ou falar mentiras de muito mau-caratismo em relação a gente só porque tocamos na TV, na MTV, etc. Mas quando se fala em punk, somos referência. E como eu falo na minha biografia, também rola inveja do cara que não tem banda ou quando tem é uma banda de merda. O Pacto Social, além da estrada toda, tem três CDs lançados, quatro clipes veiculados na MTV e dois tours pela Europa. Aí é foda, mas mesmo assim a proposta está sendo mantida", dispara o vocalista, que reforça na sequência:

" O punk nunca teve apoio de ninguém, nem do próprio público que arruma desculpas gerais para não ir aos shows. E ainda tem os radicais que só atrapalham e ficam boicotando tudo e todos, mas as bandas sobrevivem. O Espermogramix, por exemplo, voltou", conclui.

Para este show, músicas que já não são executadas há tempos serão novamente incorporadas ao setlist, como Baixinho Abandonado e Ambição do Poder, do debut "Pobre Geração", de 1998. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$40.


Onde: Teatro Odisséia, Avenida Men de Sá, 66, Lapa, Rio de Janeiro
Quando: 31/05/2018
Quanto: A partir de R$40
Classificação: 18 anos

Gore apresenta novo guitarrista em evento de extremos em São Gonçalo (RJ)

Pioneiros do goregrind no Brasil, o Gore volta a perturbar mentes neste domingo, 6, a partir das 16h no evento Sunday Gory Sunday, no Rock'n Beer Pub, São Gonçalo, Rio de Janeiro. Além de apresentar o recém-lançado split com o projeto francês Impalement Mouths Sodomy, o Gore também contará com novidade em seu line-up. Após a saída do guitarrista Wilson Vieira Will, Rovane Rodriguez - que também tocou no Baga e se apresenta com sua banda LÏXØ - é escalado para manter a técnica e indigesta sonoridade executada pelo baixista e vocalista Robot, único remanescente há mais de 20 anos - e o baterista Tetê Bloodgore.

O cast deste rolé terá ainda Maudad, Harmony Hate, Moléstia, Tormento e Distúrbio Psicótico, que está à frente da organização do show.

Fã do Gore, Rovane  falou ao RUÍDOZZ  de suas expectativas e novos rumos que a banda vai apresentar nesta nova fase. 

Como surgiu o convite e como você vê essa oportunidade de tocar na clássica banda Gore?

Rovane: Sempre fui muito fã do Gore, eles sempre foram uma baita inspiração. Quando recebi a mensagem do convite foi uma honra enorme, contei para alguns amigos próximos apenas e todos me deram os parabéns e eu sem acreditar (risos).  A ficha está caindo aos poucos, com os ensaios e o primeiro show agora. Uma pena o Will, que ficou tantos anos na banda, por motivos de mudança pra São Paulo, não poder mais continuar. Provável (certeza) que ele tenha participado da escolha também. Será bastante difícil substituí-lo e uma honra também.

O Gore está ativamente lançando novos materiais e saiu de um hiato grande que começou em meados de 2000 até se restabelecer há cerca de quatro anos. Quais planos compartilharam contigo para esta nova fase?

Bom, o plano agora é firmar a formação, pois já tem bastante material a ser lançado também até o ano que vem. Temos algumas datas já marcadas, como a volta, depois de tanto tempo, de tocar em casa (São Gonçalo) . Também teremos a honra de tocar com o Pulmonary Fibrosis - que já é uma banda amiga - o festival São Caos no final do ano e estamos fechando mais datas por agora. O plano é sem frescuras, tocar o máximo possível. A banda voltou para isto.

Tetê, Robot e Rovane
Me fale um pouco sobre seu estilo como músico do undeground, características e familiaridade com a música extrema ou anti-música.

Bom, engraçado que comecei a ouvir som extremo quando o Gore ainda estava lançando sua demo. Comecei pelo Carcass, Napalm Death e Cannibal Corpse. Em 1998 tive minha primeira banda extrema, tocávamos pouco porque o baterista foi morar em Espírito Santo, logo, tocávamos mais por lá. Éramos moleques de 15 ou 16 anos e a banda era quase cover de New York Against Belzubu e Anal Cunt. Revezávamos os instrumentos, ninguém sabia nada (risos) . Antes participei um ano da banda que hoje em dia é o Savant e fiz meus primeiros shows. Costumo dizer que antes disso eu tinha futuro rs'. Depois me envolvi mais com a cena hardcore, me mudei, fiz faculdade e voltei a tocar extremo só em 2007 no Forceps. Hoje em dia tenho meu projeto LÏXØ, toco no Furúnculo Anal, ambas de goregrind, e no Indigestu, de grind. 

O que esperar desta live do Gore em São Gonçalo, neste domingo?
Este show é muito representativo para a banda. Será a volta para casa depois de muito tempo. Todos estão muito felizes e ansiosos por isto, eu então... Será minha estréia, né?! Esperamos ver amigos de longa data, as bandas que vão tocar são todas parceiras e amigas, será uma boa festa e celebração da música extrema. Será uma barulheira só do início ao fim.

Onde: Rock'n Beer Pub, Rua Doutor Francisco Portela, 2429, Parada 40, São Gonçalo-RJ
Quando: 06/05/2018
Quanto: Grátis
Classificação: 18 anos


Portugueses do Moonspell vêm ao Rio trazendo versão metal de hit dos Paralamas do Sucesso

Banda volta à cidade em turnê do novo álbum "1775", após passagem marcante no Rock in Rio 2015

Cartaz do evento
Os portugueses do Moonspell voltam ao Rio de Janeiro na próxima quarta-feira, 25, para se apresentar no Teatro Odisséia, na Lapa. Um dos mais respeitados grupos do cenário doom metal mundial, a banda chega em tour com o álbum "1775", que percorre a América Latina nos meses de abril e maio. A organização do evento carioca fica por conta da MGB Entertainment com a No Class Agency.

Neste novo álbum, lançado em outubro do ano passado, o Moonspell aposta em uma aproximação com o público brasileiro, com todas as letras deste material cantadas em português. A surpresa fica por conta da música "Lanterna dos Afogados", um dos grandes hits dos Paralamas do Sucesso, lançado em 1989, no disco "Big Bang", que os portugueses adaptaram em uma versão mais sombria, dando nova 
roupagem ao clássico.  Fernando Ribeiro, vocalista, afirma que se encantou com a música após ouvi-la na novela "Rainha da Sucata", produção da Rede Globo exibida em Portugal. 

Outra aproximação do grupo com o Brasil é o Rock In Rio. O Moonspell já se apresentou em edições lusitanas do evento e em 2015 esteve entre as atrações da edição do Rio de Janeiro, dividindo o Palco Sunset com o Sepultura. 

Para este show, clássicos como Opium, do álbum "Irreligous", e Vampiria, do "Wolfheart", também estarão presentes. Os ingressos já estão no segundo lote promocional por R$ 110 e são limitados.

Serviço:
Moonspell – 1755 Latin American Tour no RJ
Data: 25/04/2018, às 19h
Local: Teatro Odisséia – Av. Mem de Sá, 66, Lapa – Rio de Janeiro/RJ

Lote promocional: R$ 110,00
Vendas online: https://goo.gl/2uSkZ6

Pontos de venda:
Headbanger - Rua Conde de Bonfim, 346, Lojas 213 e 214 - Tijuca
Hard ‘n Heavy - Rua Marquês de Abrantes, 177, Loja 106 - Flamengo
Blizzard Rock - Rua Pedro Lessa, Box 8 - Cinelândia/Centro
Inside Rock - Av. Amaro Cavalcanti, 157 - Méier
Underground Rock Wear - Avenida Santa Cruz, 4396 - Bangu (Estação de Trem)
Requiem - Mercado Popular de Campo Grande, Galeria B, Box 170 - Campo Grande (Atrás da Rodoviária)
Kasamata - Rua da Conceição, 101, Sobreloja 55 - Centro - Niterói
Sotero Hostel - Rua Penaforte, 335 - Freguesia/Jacarepaguá
Telefone: 3432-4065 / 98583-6687 (Ligar antes para confirmar horário / Vendas com cartões de débito e crédito)
No Class Agency - Rua das Acácias, 73 - Gávea