O repórter
Luís Adorno, do UOL, acusou um policial militar sem identificação na farda de
empurrá-lo enquanto gravava uma confusão envolvendo um manifestante
antifascista contra três jovens que ostentavam símbolos com aproximação
neonazista, na tarde deste domingo (14), na Avenida Paulista.
De acordo com as imagens gravadas pelo jornalista, dois deles usavam camisas do Burzum, sendo uma delas com suásticas nas mangas. O outro estava usando uma camisa da banda sueca Watain, na qual tinha o guitarrista Set Teitan, acusado de fazer saudação hitlerista numa foto que circulou na internet em 2018.
Foto: Reprodução de vídeo |
No vídeo ainda é possível ver um dos policiais militares tentando apaziguar a situação alegando ao denunciante Rafael Ferreira Souza que "democracia é isso". Após cerca de 40 segundos de gravação, o repórter alegou ter sido empurrado e na queda teve a tela do celular danificada.
- Passou três moleques com camisa nazista e a gente tentou expulsá-los, mas os policiais passaram a mão na cabeça deles. Foi quando você (o repórter) foi filmar o que estava acontecendo e chegou o policial te empurrando de propósito para não filmar - disse Rafael Ferreira Souza a Luís Adorno em vídeo publicado no UOL.
O jornalista agredido relatou ter sido orientado pela PM a fazer uma denúncia formal.
RUÍDOZZ entrou em contato com a PM de São Paulo pedindo explicações sobre a conduta do policial em não reprimir os jovens e retornaram em nota:
No Brasil apologia ao nazismo é crime, conforme prevê o artigo 20 da Lei 7.716/89. Se condenado, o acusado pode ficar de dois a cinco anos preso e também paga multa.